segunda-feira, 16 de julho de 2018

Do outro lado da chuva

Eu olhava e não via
Porque me cegava o medo
Tanto que deixou em mim
Me levantava do solo
Me perdi
Acredite, foi mais do que senti em tempos
Não duvide
Me arrependo, às vezes, de não haver feito alguma coisa a tempo
Me perdi, mas mesmo depois de tudo, em meio aos trovões me encontrei
Do outro lado da chuva, onde sai o sol
Levo sempre a recordação e metade de um adeus de muitas eras e esferas
A minha história está tatuada em meu coração
Do outro lado da chuva longe da dor
Me pergunto se em segredo sentem o mesmo que eu
Sinto que em algum lugar ainda existe isso...
Tentaram remendar-me com amor, meus sonhos destruídos, minha crença forte na racionalidade e nos sentimentos humanos solidários
Eu posso receber fogo por alguém
Eu sou de fogo
Mas não conseguia enxergar por inteiro, hoje, é possível
E é impossível voltar
Aos 30 e cheguei a esse lugar
Do outro lado da chuva
Eu tenho o sol
Milhões de Raios precisaram me atingir de todos os lados, para acordar de vez,
Amor, Morte, Dúvida, Medo...Sentir...Provar...Respirar...Dor
Embora não tenha chorado
Minto, somente chorei pela morte...
Me doeu porque tinha para mim que não tentei tudo
Mas, aqui do outro lado da chuva
Aonde sai o sol
Agora eu quero ir...para onde eu não queria
Continuo sem ser aquela que tenta, embora tenha cedido, mas não sou a que insisti
Corto o mal pela raiz, que enfiem a espada de uma vez
Ou recebo a bênção de bom grado e grata
Reacendi...me refiz
Já descansei demais, coração e pensamento
Estou do outro lado aonde se tem sol...do outro lado da chuva...
E não vou voltar é patologicamente incorreto
É suficiente certo
Veja o sol!